quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

O menino da lista de Schindler - Leon Leyson

 

O pequeno Leyson e sua família eram judeus pobres que se mudaram para Cracóvia em busca de um futuro melhor na cidade grande. O que eles não esperavam era que pouco tempo depois começasse a Segunda Guerra Mundial. Em 1939, Leyson tinha apenas 11 anos.

A situação dos judeus foi ficando cada vez mais difícil. A alimentação ficava cada vez mais escassa e o pouco que Leyson e sua família comiam, era o que o seu pai trazia escondido em seus bolsos. O pai de Leyson deixava de comer toda a refeição que recebia na fábrica onde trabalhava para dividi-la com a família.

Schindler, hoje conhecido por ter salvado inúmeros judeus, começou os ajudando lhes contratando para trabalhar em sua fábrica e assim de certo modo foi salvando suas vidas. O pai de Leyson foi um dos primeiros.

Tinha vantagens em se trabalhar para Schindler, seus funcionários tinham acomodações melhores que os outros judeus e também recebiam mais comida. Além disso, Schindler tratava os judeus como seus humanos. Ah! Mas ele não lhes pagava. Não, mas se você não tivesse uma profissão e fosse considerado inútil, seu destino era um campo de concentração e consequentemente a morte.

Com a guerra avançando, Leyson e sua família foram obrigados a sair do pequeno apartamento onde moravam para ir para um ainda menor no gueto, onde ainda tinham que dividi-lo com outra família.

O que já estava ruim, conseguiu ficar pior. Pouco depois, Leyson e sua família foram transferidos para um campo de concentração em Plaszów. Como o próprio Leyson diz no livro, Plaszów era o inferno na Terra. Como se isso não bastasse, o pequeno Leyson, foi separado de sua família. Ele ficou muito tempo sozinho até que Schindler conseguiu reunir sua família novamente, ou pelo menos o que restou dela.


Schindler ajudou Leyson, assim como a muitos judeus. Mas para mim, foi o próprio Leyson que se salvou. Ele nunca desistiu de viver. Se ele não tivesse sido tão corajoso e dado seus jeitos,  talvez ele não tivesse nem chegado a Plaszów. Sua história de superação é comovente. 


Quotes:


A experiência tinha me ensinado que a invisibilidade era o mais próximo que eu conseguiria chegar da segurança.


Eu já estava acostumado ao fato de que, para os nazistas, eu era só mais um judeu; meu nome não importava. Mas Schindler era diferente. Ele obviamente queria saber quem éramos. Seus atos mostravam que se importava conosco enquanto indivíduos.


Schindler ousava rebelar-se contra a norma, que era torturar e exterminar judeus, não nos tratar como seres humanos.


Tudo o que eu sabia era que Schindler era nazista e, portanto, perigoso por definição – mas seu modo de agir não era igual ao de nenhum outro nazista que eu conhecia.


Por mais impossível que parecesse, tínhamos sobrevivido. Por milagre, Oskar Schindler, aquele homem complexo, repleto de contradições – nazista e oportunista, conspirador, corajoso, revolucionário, salvador, herói –, tinha salvado quase mil e duzentos judeus da morte certa.


Sendo uma criança judia naquela época, todos os dias eu lutava para viver. Não havia escolha. Sendo um nazista influente, Schindler teve escolha. Inúmeras vezes ele poderia ter nos abandonado, pegado sua fortuna e fugido.


Resenha do livro: O menino da lista de Schindler - Leon Leyson


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