Foi o primeiro livro do Carpinejar que leio e não foi uma leitura que me conquistou. Apesar do livro ter alguns poemas muito bons, achei a maioria sem sentido e alguns poemas não traziam nenhuma mensagem/significado em si. Deixo aqui o poema que mais gostei.
As cartas de amor
deveriam ser fechadas
com a língua.
Beijadas antes de enviadas.
Sopradas. Respiradas.
O esforço do pulmão
capturado pelo envelope,
a letra tremendo
como uma pálpebra.
Não a cola isenta, neutra,
mas a espuma, a gentileza,
a gripe, o contágio.
Porque a saliva
acalma um machucado.
As cartas de amor
deveriam ser abertas
com os dentes.
Livro: Como no céu - Carpinejar
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